Esse texto abaixo tem dois propósitos:
· Conscientização
· Um novo olhar no que está acontecendo ao nosso redor
Há dois anos eu me descobri diabético e quando isso acontece, parece que o mundo cai na nossa cabeça com as perguntas o que comer , como comer, o que pode o que não? E sai a busca de uma alimentação que estivesse alinhada com o que deveria ser o meu novo jeito de comer e qual foi a minha decepção? Ninguém pensa nos excluídos e quando falo excluídos falo de Diabéticos, Cilíacos, intolerantes a Lactose, etc.
Os supermercados tem pouca coisa e quando a gente acha algumas como bolo por exemplo é seco e esfarela. O resto é geleia, gelatina e pudim diet. Se quiser compre caso não queira fica sem comer nada. O que pensar disso.
Nenhuma informação e principalmente poucas opções para o consumo, cheguei a pensar o mundo é feito de Açúcar e Farinha de trigo e podem ter certeza o é. Vou contar duas histórias que no mínimo mostra o quanto é míope a visão empresarial de alguns empreendedores.
1- Estava eu tomando café numa confeitaria com um cliente e quando fui pagar a conta a Caixa me indagou : somente um café senhor? Respondi sim, vcs não tem nada para diabéticos para eu consumir então somente o café mesmo e nesse ínterim a gerente ou proprietária estava passando pelo caixa e deve ter ouvido a conversa e o que ela fez? Nada, simplesmente me ignorou ou seja não ouve o mercado então se amanha seu negócio não der muito certo com certeza ela não ouviu a quem deveria.
2- Como devem saber sou proprietário do Bolinho Sem Culpa e nessa ode de vender me dei de frente com uma rede de padarias em SP de classe média alta localizada em vários bons endereços e como o produto é livre de adição de açúcar, glúten e lactose achei que seria um bom lugar para ter o produto. Mas a resposta do setor de novos produtos me foi no mínimo hilária. Aqui é padaria e padaria tem glúten não? Nem respondi nada.
A questão maior é:
Estamos olhando realmente o mercado ou fazemos do nosso dia a dia e produtos uma grande fábrica de commodities? Estamos alinhados com o que está acontecendo no mundo ou preferimos ficar na borda e se no futuro a coisa estourar daí a gente copia as receitas e os novos produtos que o mercado que tem uma visão mais a frente vai colocar para vender e ser como sempre o ponto de referência e nós seremos mais uma vez aqueles que sempre estão atrás como vagões e não locomotivas.
Temos que repensar sim não somente nos que não podem comer, mas nos que não querem que cada vez mais esse grupo e segmento cresce mundialmente. São milhares ou milhões de pessoas que optaram por uma vida dos Sem (Glúten, Açúcar, Lactose, Carne ).
Uma nova leitura da Engenharia de Cardápios já consta colocar depois do nome do prato se ele não contem algo como por exemplo:
· GF – Gluten Free (livre de glúten)
· SF – Sugar Free (sem adição de açúcares)
· PF – Porc Free (sem carne de porco e derivados)
· VG – Vegan (vegetariano)
Esse modelo para a Engenharia de Cardápios cria um novo olhar e conscientização para os excluídos e para os que não querem também. Temos que nos adequar ao novo ao que o mercado esta procurando. Ainda não será a salvação do negócio, mas pelo menos damos a chance dos que querem consumir poderem ter a possibilidade e escolha de uma alimentação mais saborosa, criativa e sim senhores cozinheiros um Challenger para aqueles que gostam de criar algo que irá surpreender o comensal, algo novo realmente gostoso.
Como eu digo na minha empresa:
Não basta ser Saudável tem que ser Gostoso
David sempre com um olhar bacana e inteligente sobre tudo!! Parabéns
Estes artigos só existem por causa de vocês, leitores queridos. É sempre bom tê-los conosco e espero que tenha gostado de nosso novo site, melhorias estão a caminho para 2018 e será um prazer compartilhá-las com todos.
Boas festas e um forte abraço